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Ouro Preto, encravada nas montanhas de Minas Gerais, é uma cidade que respira história. Caminhar por suas ladeiras de pedra é como voltar no tempo, especialmente quando se está diante de suas igrejas monumentais.
Muitas conhecidas como “igrejas de ouro”, essas construções são verdadeiros tesouros do barroco brasileiro, tanto por sua riqueza artística quanto pelo simbolismo que carregam. Elas são testemunhos da fé, da arte e também das contradições de um Brasil colonial construído às custas do trabalho escravo.
Neste artigo, você vai conhecer cada uma das principais igrejas de Ouro Preto e descobrir o que cada uma tem de bom para contar. Confira!
Durante o século XVIII, o ciclo do ouro transformou Minas Gerais na região mais rica da colônia portuguesa. Com a abundância de recursos, surgiu uma efervescência cultural e religiosa que deu origem a igrejas luxuosamente decoradas. A fé católica guiava a vida cotidiana, e as construções religiosas tornaram-se o grande palco para expressões artísticas locais, especialmente o barroco e o rococó.
Em Ouro Preto, essa arte atingiu seu auge. E não é exagero dizer que grande parte da riqueza extraída das minas foi parar nas talhas douradas que cobrem os interiores dessas igrejas. O ouro, aplicado em folhas finíssimas, brilha nos altares, colunas e forros, criando um ambiente de esplendor espiritual — e também de poder e status.
Conheça cada uma das igrejas de Ouro Preto a seguir:
Se há um símbolo máximo do barroco mineiro, é a Igreja de São Francisco de Assis. Projetada por Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho — o maior artista do período colonial brasileiro — a igreja é considerada uma obra-prima do século XVIII. Sua fachada curvilínea, esculpida em pedra-sabão, é uma das imagens mais conhecidas da arte brasileira.
Mas é ao entrar que se revela o impacto completo: talhas douradas exuberantes, um altar-mor ricamente ornado e pinturas do mestre Manoel da Costa Ataíde no teto, com seus anjos mestiços e tons celestes. Cada detalhe aqui é poesia barroca esculpida e pintada com talento raro.
Talvez a mais impressionante em termos de riqueza seja a Igreja Matriz de Nossa Senhora do Pilar. Por fora, ela parece até discreta, mas o interior é absolutamente esplêndido. Estima-se que mais de 400 quilos de ouro e prata foram usados na decoração do templo — uma opulência que contrasta com a simplicidade da fachada.
A igreja do Pilar é um dos melhores exemplos do chamado "barroco nacional português", com seus altares cobertos de folhas de ouro, esculturas de anjos e santos em estilo dramático, além de uma impressionante capela-mor. O impacto visual é imediato: uma intensidade de dourado que ilumina o espaço com um brilho quase divino.
Outro destaque é a Igreja de Nossa Senhora do Carmo, construída já no fim do período colonial. Com traços do rococó, mais leve e decorativo que o barroco, ela mostra uma transição estilística e também uma influência mais europeia. Seu projeto também contou com a participação de Aleijadinho.
O interior é refinado, com talhas mais delicadas e uma paleta de cores suaves, que combinam perfeitamente com a elegância da arquitetura. Aqui, o ouro está presente, mas usado com mais sutileza — não menos impressionante, apenas mais sofisticado.
Entre todas as igrejas de Ouro Preto, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos ocupa um lugar especial. Ela foi construída pela Irmandade de Nossa Senhora do Rosário, formada por negros escravizados e libertos, num tempo em que a segregação era imposta até mesmo nos espaços religiosos. Pessoas negras não podiam frequentar as mesmas igrejas dos brancos, então elas criaram seus próprios templos — e o Rosário é o mais impressionante deles.
Sua construção começou em 1765 e levou várias décadas para ser concluída. O projeto tem um traçado ovalado, algo raro e que se destaca entre as demais igrejas da cidade. Sua fachada simples esconde um interior acolhedor, onde a espiritualidade pulsa de forma intensa. O estilo da construção mistura elementos do barroco com traços africanos sutis, resultado da resistência cultural daqueles que, mesmo oprimidos, mantinham viva sua fé e suas tradições.
Visitar as igrejas de Ouro Preto é também um convite à reflexão. Ao mesmo tempo em que representam um legado artístico de valor incalculável, elas nos lembram das condições em que foram construídas. Grande parte da mão de obra que ergueu esses templos era composta por pessoas escravizadas — que, ironicamente, muitas vezes eram impedidas de frequentar os mesmos espaços que ajudaram a construir.
Além disso, é curioso notar como igrejas ricamente decoradas conviviam com uma sociedade marcada pela desigualdade extrema. Por isso, o ouro dessas igrejas não brilha apenas pela sua beleza estética, mas também por tudo o que representa em termos históricos, sociais e culturais.
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Se as palavras e imagens já impressionam, imagina estar lá, diante das igrejas de ouro, sentindo o aroma do café mineiro no ar e ouvindo os sinos ecoando pelos morros? Ouro Preto é uma experiência que marca — na alma, nos olhos e no coração.
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