
O padrão da Gontijo é atender a todos os públicos, nossa missão é oferecer um serviço de segurança e conforto.
Conheça mais destinos com a Gontijo!
A lavagem do Bonfim é uma das celebrações mais famosas de Salvador e, ao longo dos séculos, se tornou uma festa que ultrapassa fronteiras religiosas.
Ela acontece todos os anos na quinta-feira que antecede o segundo domingo de janeiro após o Dia de Reis. A festa reúne milhares de pessoas que seguem em cortejo até a Colina Sagrada, onde está a Basílica do Senhor do Bonfim. A caminhada, a música, as roupas brancas, a fé e o encontro de diferentes tradições dão um toque especial ao evento.
Embora muitos visitantes enxerguem a celebração como uma festa, a lavagem do Bonfim nasceu como um ato religioso e traz consigo uma história cheia de significados. Hoje, é um dos grandes atrativos da Bahia e uma das mais fortes expressões do modo baiano de celebrar a vida, o sagrado e a convivência.
A tradição começou no século XVIII, quando integrantes da antiga irmandade que cuidava da igreja realizavam limpezas no templo e no adro. Com o tempo, a prática ganhou símbolos afro-brasileiros, sobretudo das religiões de matriz africana.
A água perfumada usada pelas baianas, o canto e os gestos do rito foram se consolidando e, pouco a pouco, a lavagem passou a acontecer do lado de fora da basílica, preservando o respeito às normas católicas que não permitem a lavagem interna.
Ainda assim, a homenagem ao Senhor do Bonfim continuou sendo o centro de tudo. A imagem do santo, que representa Jesus Cristo crucificado, chegou à Bahia também no século XVIII, trazida de Portugal. A devoção se espalhou rapidamente, e a festa que antes tinha caráter restrito passou a ser um momento de encontro de diferentes formas de fé.
Hoje, quem acompanha a lavagem do Bonfim encontra gente de toda parte: católicos, adeptos do candomblé, turistas, moradores, gente que vai fazer promessas, agradecer ou apenas participar.
A caminhada começa na Igreja da Conceição da Praia, no bairro do Comércio. Desde cedo, o local fica tomado por baianas, grupos, autoridades e moradores que se organizam para seguir até a Colina Sagrada. A distância é de cerca de oito quilômetros, geralmente percorridos ao longo de algumas horas.
O cortejo é acompanhado por músicas, orações, saudações e uma energia contagiante. As baianas, com seus vestidos brancos e seus vasos de água de cheiro, simbolizam a celebração. Elas seguem à frente, mantendo viva a tradição que veio passando de geração em geração.
Ao longo do trajeto, moradores enfeitam fachadas, oferecem água, dançam e acenam. Para muitos participantes, essa é a parte mais bacana da Lavagem do Bonfim: a sensação de caminhar ao lado de desconhecidos que, naquele momento, compartilham o mesmo sentimento. Não é raro ouvir relatos de quem se emociona apenas ao ouvir os atabaques.
Depois de alcançar a Basílica do Senhor do Bonfim, inicia-se o ponto alto da celebração. As baianas lavam as escadarias com água de cheiro, um gesto que simboliza pedido de paz, saúde e esperança. A colina fica tomada por pessoas que assistem, registram e participam do momento.
Do lado de dentro da igreja, ocorrem missas e homenagens organizadas pela Igreja Católica. Do lado de fora, continua a presença de elementos da cultura afro-brasileira. Essa convivência reforça o caráter plural da lavagem do Bonfim, sempre pautado pelo respeito entre religiões diferentes.
O gesto da lavagem, simples à primeira vista, carrega um significado imenso. Para muitos, é o início do ano espiritual. Para outros, é o momento de renovar as forças e agradecer as conquistas.
Um dos aspectos mais discutidos e admirados da lavagem do Bonfim é o sincretismo. Nas religiões de matriz africana, o orixá Oxalá é associado ao Senhor do Bonfim e, por isso, muitos participantes vão de branco, cor ligada a essa divindade. O uso de contas, turbantes e outros elementos também está presente, ainda que cada pessoa os utilize por motivos diferentes.
Ao longo das décadas, o evento se firmou como um dos principais símbolos dessa convivência entre práticas religiosas que, mesmo distintas, encontram pontos de união. A Bahia sempre foi conhecida por essa característica, e a lavagem é um dos momentos em que isso se torna mais visível.
As baianas não só abrem o cortejo, mas também representam a ancestralidade e a preservação de saberes.
Embora a lavagem seja um ato religioso, o dia se transforma numa grande celebração popular. Depois da cerimônia, há shows, encontros, rodas de samba e outros eventos espalhados pela região.
Quem deseja conhecer a Lavagem do Bonfim de pertinho deve se preparar para caminhar sob o sol forte de Salvador. Por isso, recomendamos que você viaje e leve roupas leves, calçados, água e protetor solar para se proteger do sol. Também é importante ter paciência, pois a movimentação é grande.
A recomendação é seguir o fluxo da caminhada, respeitar os participantes e evitar bloquear o caminho das baianas, que precisam de espaço para conduzir o ritual.
Se estiver pensando em participar do evento, comece a se organizar agora para curtir a festa em janeiro. E, se você estiver se perguntando sobre a forma mais prática de chegar até lá, viaje com a Gontijo. Com promoções exclusivas e rotas que ligam diversas regiões do Brasil, somos referência nacional no transporte rodoviário e levamos você até Salvador com economia, segurança e comodidade! Compre já sua passagem.










